Era para ser uma sessão ao ar livre, bem no meio da rua, mas por precaução foi arrumado tudo de novo para, no caso de chover, poder proteger os equipamentos debaixo de uma coberta na casa do Cacau (Sérgio Ricardo do Rosário Gomes).
E não deu outra.... A danada da chuva nem esperou a equipe terminar de estender a panada que serviu de tela, e veio com tudo! Fez até uma laminha que obrigou suspender a caixa de som e coloca-la sobre tijolos.
Mas mesmo que o clima tenha provocado esses percalços, como poderíamos deixar de exibir filmes para crianças que declaravam nunca ter ido a um cinema? Elas chegavam com um largo sorriso, que só não era maior do que a expectativa que demonstravam em conhecer os filmes em tela grande.
Foi assim que ficou todo mundo juntinho, se protegendo da chuva com tabaldos ou pedaços de plásticos e, para se proteger do frio, se embrulhando em toalhas de banho cedidas por dona Marilena.
E foi uma sessão maravilhosa onde todo mundo comentava o que lhe chamava a atenção ali no mesmo momento que se passava a seqüência de cenas do filme, uma sessão que durou o exato tempo da chuva, e quando a chuva começou a dar trégua chegaram as mulheres da Irmandade dos Rosário com uma panela de mungunzá quentinho para o arremate final: o calor duma merendinha afetuosa alimentada pelos relatos empolgados dos filmes exibidos.
O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.
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Acho uma excelente iniciativa que possibilita levar ao povo que, dificilmente iria a um cinema convencional, filmes, que os despertem para a realidade em que vivem mostrando-lhes que há formas e caminhos de resolver os problemas que vivem no dia a dia em suas comunidades tão carentes de políticas públicas, como podemos ver nas fotos.
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