A Irmandade dos Rosário é uma comunidade negra e atua informalmente preservando a cultura e as tradições da família Aviz do Rosário, originária dos Campos de Bragança - nordeste do Pará. Parte da família veio para a zona metropolitana de Belém através dos fluxos migratórios, mas mesmo na cidade tentam manter os costumes de sua cultura de origem.

sábado, 17 de dezembro de 2011

O cinema e tudo mais o que a gente faz...

Instituto Nangetu: O cinema e tudo mais o que a gente faz...:

Renata Lira puxou o aparelho de celular do seu bolso e disse: “nós fizemos este filme com isto!” E assim começou a roda de conversa na sessão com os filmes feitos por povos tradicionais.
Renata Lira, diretora do Xandu, falando do filme.

Ela falou da parceria com Táta Kinamboji e do Projeto Azuelar, lembrou da oficina ofertada dentro do terreiro em 2009 e dos conceitos de “tecnologia do possível”, e disse que o mais importante nesse processo de construção do 'Xandu' foi a compreensão que ela pode se utilizar da linguagem do cinema com os recursos técnicos disponíveis, inclusive com o seu celular.
O filme 'Xandu',

Mametu Nangetu parabenizou a realização do filme e louvou os frutos vindos da parceria do Insituto Nangetu com a Irmandade dos Rosário, falou da importância desse filme para as futuras gerações e para os jovens urbanos que parecem ter perdido o interesse pelo aprendizado dos conhecimentos dos povos da floresta, conhecimento que é a característica da identidade amazônida. Renata ainda acrescentou que teve a mesma sensação quando viu o filme pronto, disse que ela mesma aprendeu muito com o convívio com a 'Prima Xandu' e com o processo da extração do óleo da andiroba.

A cosmologia afro-brasileira veio à tona quando Táta Dianvula estabeleceu pontos de convergências entre o “Xandu” e o “A boca do mundo”, falou que mesmo que os filmes tenham sido feitos em cidades, assuntos e univeros distintos, eles trazem semelhanças muito fortes nos modos de vida e nas relações que as personagens estabelecem com as coisas do mundo, e concluiu que a proximidade pode estar relacionada à ancestralidade comum aos realizadores dos dois filmes.
Cenas de 'A boca do mundo'

Aí a conversa caminhou para as situações apresentadas no “A boca do mundo” e a identificasção de Exu com a rua e com o comércio.
A sessão especial do cineclube desta segunda-feira, 5 de dezembro, foi mais que uma sessão de cinema, foi uma celebração às ações e conquistas da comunidade do Mansu Nangetu.
Canas do filme 'A boca do mundo'

A sessão marcou o encerramento das atividades cineclubistas neste ano de 2011, e um pouco antes de seu início foi feita uma avaliação da atuação do Instituto Nangetu para a defesa da cidadania e direitos humanos, para a igualdade racial, para a saúde e para a cultura de terreiros.
A apresentação deu destaque para a projeção das fotos da participação de Mametu Nangetu e Táta Kinamboji na I Oficina Nacional de Construção de Políticas Públicas para Povos de Terreiros, que aconteceu em São Luís do Maranhão de 27 a 30 de novembro, e durante a projeção também era informado a percepção dos dois sobre os acontecimentos durante o evento promovido pelo Ministério da Cultura.
Fotos das ações recentes foram projetadas e comentadas.

Antes dos filmes programados para a sessão, foram exibidos os depoimentos do cineasta Joel Zito de Araújo e de lideranças de terreiros sobre a importância do cinema negro e do cineclubismo no Brasil, depoimentos recolhidos em São Luís com discursos que também apontam para a potência dos cineclubes nos terreiros, e foram palavras de incentivo muito bem recebidas pela comunidade do Mansu, palavras que alimentaram a auto-estima da equipe do cineclube.
Joel Zito de Araújo fala dos cineclubes nos terreiros.

A conclusão de toda a conversa é que estamos no caminho certo e que temos que fazer cada vez mais disso mesmo que temos feito, mostrar para o mundo aquilo que se pode mostrar dos nossos costumes e modos de vida.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Renata representou o Cineclube da Irmandade na II Jornada Paraense de Cineclubes em Parauapebas.

Renata Lira participou da Jornada Paraense de Cineclubes - JOPACINE, realizada em Parauapebas dentro da programação do "Curta Carajás".
Para ela esse evento foi importante porque pode assistir a programação de filmes do festival, primeiro de sua história, e também por conhecer a realidade de outra região do Estado do Pará, o sudeste do estado que não conhecia.
Nas rodas de conversa da jornada pode expor a experiência com o cineclube para as crianças que realizamos em Ananindeua, e trocar a experiência com outros cineclubes.
Renata também registrou os debates em vídeos.

A II JOPACINE proporcionou Renata a conhecer Parauapebas.

Renata com Adriane gama e Kid Quaresma no debate de abertura da Jornada.
Delegados de 12 cineclubes se reuniram em Parauapebas.
Renata apresentou as ações do Cineclube da irmandade e pediu políticas públicas para cineclubes de periferia.

O cansaço não abateu a participação dos cineclubistas.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O cineclube da Irmandade apoia e assina a petição do CNC.

O cineclube da Irmandade funciona na BR 316 km 12,  Rua Dona Ana, Alameda Alcebíades, 950 - Ananindeua/PA, e é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.  


Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros - CNC, através de sua diretoria, reafirma a importância estratégica da Ação Cine Mais Cultura para a ampliação e democratização do acesso à conteúdos audiovisuais e por consequencia a garantia de participação na produção cultural, direito universal, que se soma à Luta Pelos Direitos do Público, bandeira histórica maior do movimento cineclubista brasileiro em sua trajetória de 50 anos.
Reitera que o Cine Mais Cultura, ao viabilizar equipamento, conteúdo e formação,  se firmou como a ação que capilarizou o acesso, a fruição e o compartilhamento da experiência audiovisual, ampliando a prática cineclubista para um conjunto ainda maior da população, essencialmente aos já penalizados pelas exclusões sociais, políticas e econômicas que ainda campeam no país. 
Considerando:
  • ·        os custos reduzidos frente à outras iniciativas do MinC,
  • ·        o cumprimento, dentro das possibilidades, do cronograma e planejamento elaborado na gestão anterior,
  • ·        a participação positiva do CNC e os resultados, quer no contexto do grupo de assessoria pedagógica, quer na realização das atividades previstas no convênio assinado entre as partes (podendo ser mensurado nos relatórios de prestação de contas).
O CNC  vem cobrar a inclusão do programa entre as prioridades do Ministério da Cultura para o ano de 2012, solicitando assim um cronograma de ações e  a sinalização da garantia da manutenção da ação.
Conforme acertado em reunião realizada em 24 de junho de 2011, durante a 10ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, Santa Catarina, (relatada no ofício 017/2011) o CNC ainda aguarda o agendamento do encontro entre a Secretaria do Audiovisual, a Sociedade Amigos da Cinemateca e o CNC para avaliação e continuidade da parceria e do convênio. 
Da mesma forma somamos aos pedidos de implantação de uma plataforma digital unificada que contemple a possibilidade de lançamento de dados e conferência dos indicadores dos resultados relacionados à ação, em especial, os relacionados à contabilização do público, com a possibilidade da utilização da plataforma do Pontão Cineclubista para o oferecimento de cursos à distância on line, conforme havia sido proposto pelo Grupo de Trabalho Pedagógico da Ação Cine Mais Cultura.
Assim, conforme manifestação da Exma. Ministra da Cultura Ana de Hollanda, o CNC reivindica a efetivação dos compromissos assumidos publicamente em nome da manutenção do Cine Mais Cultura e solicita a realização urgente de uma reunião de avaliação, reflexão e planejamento da retomada das atividades com a participação de representantes da SAv, da SAC e do CNC tendo como base de análise os relatórios apresentados pela Unidade Técnica responsável pela coordenação da implantação do Programa.
Renovamos os nossos votos de estima e consideração,
Apresentando nossas cordiais
Saudações Cineclubistas

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cineclube da Irmandade apresenta: Tainá - uma aventura na Amazônia, de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch - quarta-feira, 16 de novembro, 19h.


Sinopse: Tainá (Eunice Baía), uma indiazinha de 8 anos, vive na Amazônia com seu velho e sábio avô Tigê, que lhe ensina as lendas e histórias de seu povo. Ao longo de aventuras cheias de peripécias, ela conhece o macaco Catu ao salvá-lo das garras de Shoba, um traficante de animais.
Perseguida pela quadrilha, ela foge e acaba conhecendo a bióloga Isabel e seu filho Joninho (Caio Romei), um menino de dez anos que mora a contragosto na selva. Depois de um desentendimento inicial, o garoto consegue superar os limites de menino da cidade e ajuda Tainá a enfrentar os contrabandistas, que vendem animais para pesquisas genéticas no exterior. Juntos, os dois aprendem a lidar com os valores destes dois mundos: o da selva e o da cidade.

O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estréia do Filme Xandu, de Renata Lira e Arthur Leandro.

O filme Xandu, de Renata Lira e Arthur Leandro está no terceiro dia da Mostra Bruno Assis de Jovens Realizadores, dentro do Festival de Cinema Amazônia Doc.3 - a exibição será às 14h de 10/11 no SESC Boulevard, e pode ser visto nesse link: http://vimeo.com/31058312

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sessão promove o cinema paraense.

Nós também podemos fazer cinema!? A pergunta reflexiva ecoou no meio da sessão especial apenas com produções paraenses, a resposta também saiu num grito anônimo - todos podem!
Tudo começou com as animações do Cassio Tavernard (e Rodrigo Aben-Athar), "Onda - a festa na pororoca" e "O rapto do peixe-boi",  dois filmes que jea haviam sido exibidos em sessões anteriores e que pela musialidade  e identidade regional garantem a empatia imediata com as crianças da comunidade.
O "Ajuê São Benedito", de Paulo Miranda, veio depois para arrematar o debate sobre a cultura religiosa, o catolicismo popular e os problemas regionais com trabalho escravo à partir da realidade da extração do látex nas seringueiras de Gurupá/PA.
Foi sessão lotada até o fim, e teve os comentários da  Ruth, que faz parte da equipe técnica do "Ajuê". Ela falou do projeto Filma Pará, desenvolvido pela Luxamazônia, e da participação da comunidade na construção das estórias do lugar e na equipe técnica dos filmes, e que esse envolvimento é a garantia do empenho que resulta no sucesso de cada produção - as pessoas se sentem parte do filme.
Já quase no final, mas ainda em tempo de saborear a merenda de cachorro quente e refrigerantes carinhosamente preparada por Da. Alzira do Rosário, chegou uma equipe de reportagem da TV Liberal para fazer uma matéria sobre a sessão, e entrevistou coordenadores do cineclube e a platéia, dando destaque para os depoimentos das crianças e dos idosos, que contaram experiências distintas com o cinema.... experiências que se confraternizam em sessões coletivas/comunitárias que se transformam em processos educativos.

O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.

domingo, 23 de outubro de 2011

TV Liberal faz reportagem sobre o Cineclube da irmandade.

O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.

sábado, 22 de outubro de 2011

Chamada para as sessões no Cineclube da Irmandade.

Chamada para as sessões no Cineclube da Irmandade. Filmado em tecnologia do possível (câmeras móveis e equipamentos portáteis). Filme de Renata do Rosário Lira. Edição de Arthur Leandro.

O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quilombo, de Cacá Diegues, revela a luta contra a escravidão no Brasil do séc. XVII.

Foi uma sessão para começar os debates de preparação para a celebração do 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra. Começou com uma mensagem gravada por Mametu Nangetu, parceira do projeto, falando que a Igualdade Racial ainda não é uma realidade no Brasil, e que para atingirmos a situação desejada por todos ainda é necessário o estado de alerta  para manter a resistência e a luta pela igualdadde de direitos, inclusive o direito de consciência religiosa.
O primeiro filme foi uma animação, o "Xiré" (2006), de José Gondim e Alex Souza, 1 minuto contando a reunião de orixás para definir a nova morada das entidades do panteão africano e desmistificando a religiosidade afro-brasileria para as crianças da comunidade. Em seguida uma animação paraense, "O menino urubu" (15 min, 2005), de Fernando Alves, conta a história de um bebê abandonado em um depósito de lixo e que é adotado por um casal de urubus; o filme despertou assuntos como inclusão e aceitação social e a superação de dificuldades para alcançar seus objetivos.
Com o "Vista a minha pele"(15 min, 2004), de Joel Zito de Araújo e Dandara, a platéia se empolgou e passou a relatar casos de discriminação e racismo no ambiente escolar, provocando a reflexão sobre a necessidade de perceber o racismo e procurar meios de enfrentá-lo.
E finalmente pode-se discutir a resistência negra ao trabalho escravo no século XVII com a grande atração da noite, o filme "Quilombo"(119 min, 1984), de Cacá Diegues, e com ele discutir também a história brasileira no período colonial.



Cinema paraense - 21 de outubro Paulo Miranda leva o "Ajuê São Benedito" ao Cineclube da Irmandade.

É na sexta, dia 21 de outubro 19h, no Cineclube da Irmandade - Br 316 Km 12, Rua Dona Ana Portela, Alameda Alcebíades, n. 950.
Maiores informações com Renata Lira - 91-82901759.



Nesta sexta-feira o Cineclube da Irmandade recebe o cineasta Paulo Miranda que vai participar da sessão especial com o longa metragem "Ajuê São Benedito". O filme AJUÊ é fruto do projeto FILMA PARÁ, desenvolvido pela Lux Amazônia e que consiste em motivar e capacitar comunidades do interior para realização de filmes - documentais ou de ficção - sobre as suas realidades, utilizando-se de recursos humanos e infra-estrutura disponível nas próprias localidades. É uma ação cultural de promoção humana e de cidadania. O projeto mobiliza em cada edição centenas de pessoas de diversas faixas etárias e condição social, através de oficinas, atividades de produção, distribuição e exibições da obra realizada comunitariamente. Durante as oficinas de capacitação do elenco, várias possibilidades foram levantadas para serem temas do filme AJUÊ e acabaram por indicar um roteiro que juntou os aspectos religiosos e a história de Gurupá, município que no período áureo da borracha foi importante centro produtor, enviando periodicamente para a capital do estado muitas toneladas do “ouro branco”, para fazer a riqueza de vários senhores em Belém, mas que condenou ao sofrimento, e até a morte, milhares de caboclos nativos e migrantes vindos de outras regiões, principalmente do nordeste, que por aqui chegavam no intuito de encontrar melhores condições de vida, mas acabavam sendo escravizados. O elenco do Ajuê é composto por 28 atores, todos selecionados entre os habitantes de Gurupá. São professores, estudantes, donas de casa, pescadores, seringueiros e agricultores. Sujeitos simples e concretos da Amazônia que se dispuseram a dar vida aos personagens do filme e assim ajudar a contar as suas próprias histórias e de seus antepassados recentes.


Ajuê São Benedito
Longa/ficção/76min/Gurupá/2004






Sinopse
A fé em São Benedito, o espírito comunitário e o amor entre dois jovens são os ingredientes dessa estória que narra a luta de um grupo de seringueiros para se libertar do trabalho escravo em um seringal da Amazônia.
Com um elenco inteiramente composto por atores selecionados nas próprias locações – realizadas em Gurupá/PA, o filme AJUÊ procura lançar uma luz sobre o que foi o período da borracha, onde a exploração a que os seringueiros foram submetidos era tamanha que, nas palavras do maior jornalista brasileiro da época, Euclides da Cunha, constituía “ a organização do trabalho mais criminosa que podia ser imaginada pelo egoísmo mais revoltante,
Ajuê é expressão cantada pelos Foliões de São Benedito que invoca a herança afro-indígena, bendizendo e agradecendo a proteção do Santo Negro, querido pelo povo de Gurupá. Seria, mais ou menos, como dizer: Viva, meu São Benedito


Ficha técnica:
Roteiro e direção: Paulo Miranda/ Direção de fotografia: Sandro Miranda/ Direção de Arte: Santana Almeida/ Direção de Produção: Cristóvão Alho/ Produção Executiva: Rutinéa Miranda / Produção: Lux Amazônia  Produções Cinematográficas/ Co-produção: Secretaria Municipal de Educação de Gurupá / Patrocínio: Prefeitura Municipal de Gurupá


O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.