Maiores informações com Renata Lira - 91-82901759.
Nesta sexta-feira o Cineclube da Irmandade recebe o cineasta Paulo Miranda que vai participar da sessão especial com o longa metragem "Ajuê São Benedito". O filme AJUÊ é fruto do projeto FILMA PARÁ, desenvolvido pela Lux Amazônia e que consiste em motivar e capacitar comunidades do interior para realização de filmes - documentais ou de ficção - sobre as suas realidades, utilizando-se de recursos humanos e infra-estrutura disponível nas próprias localidades. É uma ação cultural de promoção humana e de cidadania. O projeto mobiliza em cada edição centenas de pessoas de diversas faixas etárias e condição social, através de oficinas, atividades de produção, distribuição e exibições da obra realizada comunitariamente. Durante as oficinas de capacitação do elenco, várias possibilidades foram levantadas para serem temas do filme AJUÊ e acabaram por indicar um roteiro que juntou os aspectos religiosos e a história de Gurupá, município que no período áureo da borracha foi importante centro produtor, enviando periodicamente para a capital do estado muitas toneladas do “ouro branco”, para fazer a riqueza de vários senhores em Belém, mas que condenou ao sofrimento, e até a morte, milhares de caboclos nativos e migrantes vindos de outras regiões, principalmente do nordeste, que por aqui chegavam no intuito de encontrar melhores condições de vida, mas acabavam sendo escravizados. O elenco do Ajuê é composto por 28 atores, todos selecionados entre os habitantes de Gurupá. São professores, estudantes, donas de casa, pescadores, seringueiros e agricultores. Sujeitos simples e concretos da Amazônia que se dispuseram a dar vida aos personagens do filme e assim ajudar a contar as suas próprias histórias e de seus antepassados recentes.
Ajuê São Benedito
Longa/ficção/76min/Gurupá/2004
Longa/ficção/76min/Gurupá/2004
Sinopse
A fé em São Benedito,
o espírito comunitário e o amor entre dois jovens são os ingredientes
dessa estória que narra a luta de um grupo de seringueiros para se
libertar do trabalho escravo em um seringal da Amazônia.
Com um elenco inteiramente composto por atores selecionados nas próprias locações – realizadas em Gurupá/PA, o filme AJUÊ
procura lançar uma luz sobre o que foi o período da borracha, onde a
exploração a que os seringueiros foram submetidos era tamanha que, nas
palavras do maior jornalista brasileiro da época, Euclides da Cunha,
constituía “ a organização do trabalho mais criminosa que podia ser imaginada pelo egoísmo mais revoltante,
Ajuê é expressão cantada pelos Foliões de São Benedito
que invoca a herança afro-indígena, bendizendo e agradecendo a proteção
do Santo Negro, querido pelo povo de Gurupá. Seria, mais ou menos, como
dizer: Viva, meu São Benedito
Ficha técnica:
Roteiro
e direção: Paulo Miranda/ Direção de fotografia: Sandro Miranda/
Direção de Arte: Santana Almeida/ Direção de Produção: Cristóvão Alho/
Produção Executiva: Rutinéa Miranda / Produção: Lux Amazônia Produções
Cinematográficas/ Co-produção: Secretaria Municipal de Educação de
Gurupá / Patrocínio: Prefeitura Municipal de Gurupá
O cineclube é uma parceria da Irmandade dos Rosário com o Conselho de Associações das organizações dos moradores das comunidades Sta. Helena, Jardim Botânico, Samambaia, São José, Geraldo Palmeira, Nova Independência, Maria Pantoja, Nair Cabral e Fernando Correia. Conta com o apoio e parceria da rede [aparelho]-: que colabora com empréstimo de equipamentos de projeção, do Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar que fornece os filmes de seu acervo, da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE e Conselho Nacional de Cineclubes que, além do apoio institucional, contribuem com o debate ao final da sessão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário